"Zombar da filosofia, é na realidade, filosofar" (Pascal)

sábado, 11 de outubro de 2008

Análise crítica aos livros didáticos de filosofia


Com o intuito de realizar mais uma atividade proposta em sala de aula, a seguinte análise diz respeito a uma crítica à 2 (dois) livros didáticos de filosofia. Os livros escolhidos para a análise foram: 1º “Introdução ao Estudo de Filosofia” ( 34ª edição, 3ª impressão, São Paulo: Àtica, 2003) de Antônio Xavier Teles e o 2º “História da Filosofia” ( 7 volumes, São Paulo: Paulus, 2006) de Giovanni Reale e Dario Antiseri.
Os critérios para a análise foram elaborados com o objetivo de abranger o máximo possível do que se espera de um material didático. Posto isto, os critérios são: 1) Se o livro é adequado ao público alvo; 2) Se o formato ajuda na compreensão; 3) Linguagem; 4) Recurso gráfico; 5) Correlação dos veículos escrito-visual; 6) Síntese no final do assunto; 7) Exercício de fixação; 8) Indicações; 9) Bibliografia; 10) Traz fragmentos dos filósofos.
Primeiramente, o livro: “Introdução ao Estudo da Filosofia”. A seguir as respostas: 1) Se o livro é adequado ao público alvo – por se tratar de algo introdutório o assunto é abordado com muitos pontos específicos, o que para uma introdução se torna muito cansativo, portanto muito pesado; 2) Se o formato ajuda na compreensão – O formato do livro é de grande proveito para a compreensão; 3) Linguagem – linguagem muito técnica para o público pretendido (Filosofia para anos iniciais de cursos de graduação que não o de filosofia); 4) Recurso gráfico – há alguns gráficos de difícil compreensão, outros temas há, e nos capítulos sobre lógica, está muito bem elaborado; 5) Correlação dos veículos escrito-visual – não há uniformidade; 6) Síntese no final do assunto – não há; 7) Exercício de fixação – exercícios complexos, ou não há uma pergunta sobre os conteúdos de filosofia; 8) Indicações – não há; 9) Bibliografia – há um grupo de amostragem restrito; 10) Traz fragmentos dos filósofos – tenta ligar o fragmento ao título do capítulo, porém, não há a preocupação evidente em explicar o fragmento em si.
Agora o livro “História da Filosofia”. As indagações, e, conseqüentemente as respostas: 1) Se o livro é adequado ao público alvo – adequação o “mais possível” que o termo técnico pode ter, exige esforço na compreensão, todavia, é adequado ao público alvo; 2) Se o formato ajuda na compreensão - sim; 3) Linguagem – acessível; 4) Recurso gráfico – variado, proporciona uma compreensão mais eficaz; 5) Correlação dos veículos escrito-visual - ótima; 6) Síntese no final do assunto – o mapa conceitual no final dos capítulos é de grande valia para uma síntese de grande esclarecimento para o leitor; 7) Exercício de fixação – não há; 8) Indicações – somente para o texto; 9) Bibliografia – ótima bibliografia; 10) Traz fragmentos dos filósofos - sim.
Por fim, o livro ao qual eu adotaria em sala de aula seria “História da Filosofia”, pois este livro permite uma compreensão ampla em uma linguagem que não foge à rigidez da filosofia, assim como permite uma compreensão acessível; não permitindo cair no senso comum, pois, afinal, o ensinar filosofia tem que estar engajado com o fazer filosofia, dessa forma sem fugir da rigorosidade filosófica dos conceitos.

Nenhum comentário: