"Zombar da filosofia, é na realidade, filosofar" (Pascal)

sexta-feira, 14 de março de 2008

ÉDIPO REI





O oráculo tenebroso

E a Noite gerou o odioso destino(Moros) e a negra sorte (Ker) e a Morte (Thánatos); gerou o sono e a estirpe dos sonhos”, neste trecho de Hesíodo pode-se notar um certo presságio em que há algum acontecimento tenebroso,que poderia acontecer a qualquer momento. Se bem que, na tragédia grega intitulada Édipo Rei de Sófocles pressente algo obscuro como a citação acima.
O teatro escrito por este grande autor, apresenta pontos claramente marcados pelo destino e sua implacável escolha. As tragédias acontecem e não há como voltar atrás. Não existindo a possibilidade de voltar os fatos no tempo e no espaço.
A peça concentra-se na personagem de Édipo Rei. Este fora, sem saber, castigado pelo temeroso Moiras (implacável destino) que através do oráculo dos deuses fora destinado á cometer um ato de profunda indignação: viria ele a matar seu pai, Laio, e copular com sua própria mãe, Jocasta, sem saber.
O clímax da peça se passa no momento em que Édipo toma contado que lhe sucedeu, e a desgraça que isto lhe causará. Não se perdoa, atingindo um grau de negação extremo. Chegando a furar seus próprios olhos para não enxergar o ser impuro que era.
A moral desta peça nos fez refletir muito e possibilita um leque enorme de interpretações. Opções estas que norteiam sentimentos e ações antagônicas. Ora, sabe-se o que fazer, no entanto, o destino fala mais alto e faz com que nos submetamos a sua inexorável justiça.

Nenhum comentário: